Tudo hoje em dia está migrando para o digital, inclusive a construção civil.
Analistas do mercado e organismos ligados ao setor estão convencidos de que a venda digital foi um forte impulso para que o mercado imobiliário se mantivesse aquecido mesmo durante a pandemia.
No final de 2020, relembrando a trajetória do setor durante o ano, o presidente da CBIC, José Carlos Martins, disse o seguinte:
“Quando abrimos nossos números, percebemos o ganho de share das empresas mais estruturadas em venda digital, se comparadas com aquelas que não acreditavam que poderiam realizar vendas online para o cliente. O digital passou a ser uma realidade no dia a dia das construtoras e incorporadoras.”
Considerando tudo isso, estamos aqui para falar de uma das plataformas de negócios mais poderosas da internet. O LinkedIn chegou a 43 milhões de usuários no Brasil em 2020: nosso país é o quarto maior usuário da plataforma no mundo.
Milhares de construtoras, fornecedores e profissionais independentes estão ali, prontos para fechar novos negócios e firmar parcerias. Para ter um bom marketing na era digital, é necessário aprender a utilizar o LinkedIn.
Perfil e Company Page
Há duas maneiras de utilizar essa rede social tão repleta de possibilidades: indivíduos, com seu nome e função criam perfis; empresas criam páginas.
O mais interessante é a interação que o LinkedIn permite entre as páginas e os perfis. Os sócios e funcionários da empresa podem conectar-se com a página dela e entre si para gerar uma roda de interações com alcance muito mais abrangente.
É possível cadastrar perfis em Company Pages como integrantes de uma empresa, e esses perfis podem comentar e compartilhar os conteúdos divulgados por ali. A vitalidade dessa dinâmica é o segredo para o marketing no LinkedIn.
Mas antes de produzir esse ambiente orgânico, você precisa conhecer melhor as ferramentas básicas de comunicação.
Ferramentas Básicas do LinkedIn
Publicação
É importante saber aproveitar o LinkedIn enquanto rede social e enquanto vetor de fechamento de negócios.
Curtir, comentar e compartilhar conteúdos com cujos assuntos você deseja estar conectado, ou com que a empresa queira se associar, é uma parte importante do trabalho. Você não pode parecer alienado do mercado da construção civil no Brasil, e a maneira de demonstrar esse conhecimento é compartilhando notícias ou análises econômicas.
Mas seria um grande erro confundir LinkedIn com Instagram e Facebook. Não podemos esquecer que o objetivo de todos por lá é melhorar sua situação profissional, e não conversar. As interações sociais no LinkedIn sempre têm uma motivação para além da própria troca de experiências.
No entanto, a pior maneira de agir nesse sentido é fazendo uma auto-divulgação barata.
É muito comum ver usuários seguindo empresas com seus perfis e comentando em postagens para oferecer seus serviços ou pedir uma vaguinha de emprego.
Não vou dizer que isso seja 100% contraproducente, mas certamente você irá espantar uma boa quantidade de potenciais clientes e contratadores se agir assim.
Escrever artigos
Textos mais longos e complexos não devem ser escritos na caixa de publicação. Os artigos podem ser criados por qualquer usuário e servem basicamente para demonstrar seu conhecimento e capacidade.
Escrever artigos sobre o assunto que você domina é um excelente movimento de auto-promoção.
Um arquiteto pode apresentar seus pensamentos sobre diferentes estilos de arquitetura, ou relatar experiências com trabalhos passados, expondo suas dificuldades técnicas e sucessos estratégicos.
Um engenheiro pode demonstrar consciência do impacto que as obras civis têm sobre a sociedade como um todo, revelando um conhecimento mais amplo.
Os artigos só podem ser publicados em perfis. As Company Pages só podem compartilhar um artigo publicado em um perfil. Por mais que isso pareça um obstáculo, não é nem um pouco ruim que um perfil associado à empresa publique o artigo a ser compartilhado na página. O nome da pessoa e o aval da empresa serão poderosas ferramentas de divulgação daquele conteúdo.
Grupos
Os benefícios do LinkedIn não se limitam à troca de informações e contatos. Esta rede social é muito poderosa justamente por sua capacidade de construir muito mais entre as pessoas. Na plataforma, empresas se expandem, fechando negócios e parcerias; profissionais encontram novos trabalhos e cursos de capacitação; trabalhadores arrumam emprego e empresas contratam.
Mas como as pessoas se encontram? Como as comunidades mais engajadas se formam?
Existe dentro do LinkedIn uma maneira de construir relacionamentos mais próximos e laços mais firmes do que apenas publicando e comentando. São os Grupos.
Os grupos, criados por qualquer usuário, são como um ponto de encontro para pessoas que compartilham os mesmos interesses, uma sala onde podem trocar experiências e construir conexões.
Um exemplo: entrando em grupos especializados, engenheiros podem descobrir em sua região obras que estão começando, ainda na fase de recrutamento de pessoal efetivo e conectar-se com os responsáveis pelo processo.
Acompanhamento de métricas
Isto é especialmente útil para empresas (para ter um resultado satisfatório aqui, talvez um usuário individual precise de uma conta Premium, assunto que trataremos mais adiante).
Para uma Company Page, saber o volume de movimentação na página e o tipo de publicação que traz as melhores reações do público é ter um pote de ouro nas mãos, ainda mais para as empresas que contratam serviços de gestão de redes sociais.
Neste ponto, é bom lembrar que as métricas no LinkedIn têm pesos diferentes em comparação com as outras redes sociais. Curtidas, comentários, compartilhamentos e “cliques no botão personalizado” têm cada uma uma utilidade específica no LinkedIn.
Por exemplo, se uma empresa está em busca de novos clientes, pouco lhe valerá uma curtida ou um comentário de “Parabéns!”, se não houver depois disso uma atitude significativa. Isto é especialmente verdadeiro em mercados como o da construção civil, em que serviços e produtos podem ter valores muito elevados: imagine a distância entre clicar no joinha no celular e fechar um negócio de dezenas de milhares de reais.
Vale a pena assinar o Linkedin Premium?
O Premium é a assinatura paga do LinkedIn, que oferece diferentes conjuntos de benefícios de acordo com a modalidade do plano contratado:
- Ferramentas de autopromoção no Premium Career, para aqueles querem encontrar recrutadores que os contratem;
- Maior acesso a informações de outros perfis que se encontram com o seu, com o Premium Business;
- Estatísticas de clientes e leads no Sales Navigator;
- Estrutura de RH no Recruiter Lite.
Para ter certeza de que a assinatura compensa, você precisa conhecer bem quais são os benefícios do plano e, acima de tudo, saber utilizar esses benefícios. O LinkedIn Premium vai te entregar melhores ferramentas, e não resultados prontos.
Como isso é um fator muito variável, que precisa ser analisado caso a caso (em grande parte dos casos a versão gratuita é mais que suficiente), talvez a melhor escolha seja consultar um especialista.
Justamente por conta dessas dúvidas que surgem (que não são poucas), talvez a melhor escolha seja deixar esse tipo de trabalho nas mãos de quem entende e contratar uma agência especializada como a Taket.